claudicante pela dor do que convém,
ali que um pinho fez-me pluma:
"Vida, sê bem-vinda - amen!
Dá-me o eterno deste couto que advém,
ouve o ressuscitado peito que urra!"
Ó, pinho, ó pinho: das madrugadas aos dias,
quando, perdido no tempo, do aroma incandescia
a brasa cá dentro do memento
de que tudo que era vivo florescer só podia.
Maldita tanto é a morte,
que a tudo ceifa
- menos a inconformidade, mal feita,
do corpo meu, d'alma feito nu,
quando junto à lágrima o pinho pereceu.
Semear, outubros adentro - à fundo e ao mundo,
testigo fosse de um emendo!
Mas não, nunca mais há de haver outro pinheiro,
tão bem capaz de dar-me o prêmio
de amar-te mais do que a mim mesmo.
"Vida, sê bem-vinda - amen!
Dá-me o eterno deste couto que advém,
ouve o ressuscitado peito que urra!"
Ó, pinho, ó pinho: das madrugadas aos dias,
quando, perdido no tempo, do aroma incandescia
a brasa cá dentro do memento
de que tudo que era vivo florescer só podia.
Maldita tanto é a morte,
que a tudo ceifa
- menos a inconformidade, mal feita,
do corpo meu, d'alma feito nu,
quando junto à lágrima o pinho pereceu.
Semear, outubros adentro - à fundo e ao mundo,
testigo fosse de um emendo!
Mas não, nunca mais há de haver outro pinheiro,
tão bem capaz de dar-me o prêmio
de amar-te mais do que a mim mesmo.
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