sábado, 9 de outubro de 2021

Exiguidade

Quando a luz tapeou-me a face 
A dizer que acordasse que era dia
Aqueles algures e alhures disseram-me que tratava-se de vida.
Nada bateu-me tão forte para alertar,
Não abri os olhos até que a luz pululasse, 
Tardei-me até me sorrir a tombola.
Puseram-me os olhos numa bica, flutuei atordoado pelos afluentes amadeirados que derretiam-nos a testa.
Não houve injúria ou penúria, 
Padeci de olhos saudáveis ao ver o encontro do lagos:
O verde e o encarnado,
O grito uirapurano e a ventania que expulsa o homem maturado.
Feliz e ditoso sequei-me abaixo dos amarelos ipês, brindei o cheiro vazio da maré turquesa que de longe viera, dando vida onde nunca nada dantes houvera.
Abençoado dentre aqueles que vieram e virão, 
E que no topo da coxilha esperam nova benção da turquesa, regalaste-me a vida muito mais duma vez:
Sublimar-nos-emos, como já dito foi antes e depois - alpha et omega, principium et finis.