quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Basilea

"Ir y quedarse", foi marcado.
Tardei anos a perceber estas palavras: 
Armei-me dos melhores pecados, 
da teimosia, o gozo; o trovar de Kerib.
Esqueci a semântica, como quem se esquece de acordar, 
Já que trazendo cá tu era tudo igual:
Audaz e devota como o lobo a cada nova lua. 

"Zarpar" - chegada é a hora, sabujos
Ir-se sem deveras ficar: que apenas no mar o azul viva
Navegar e amar as cores nunca dantes vistas,
Afogar-se à Lemúria e venerar o que o inaudito inclui,
Nunca mais ancorar 

Milhares de batidas de distância atesta a aurora
Inverno ao que não é terno: pretérito, lux aeterna,
Guia aos maltrapilhos de outr'ora.
Setembros sem ter, espalma-me o dia
Lecionar-me-ei a eu mesmo a ser, ao beliscar do atemoro da nova sinfonia
"Não temas", recita Isaiah,
- Amar é amar o amar. 
Badalou por último o sino da nossa juventude
"Saem os pássaros, vê: batem asas para nunca regressar" 


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