segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Gyumri

Estou a tomar o trem
No primeiro vagão, onde repousam os argutos,
Repousado no banco que a mim não foi desenhado 
Fito afora os cães vadios a sirelepear 
Em meio à sujeira daqueles que a toda hora um destino é abandonado. 

Fito-te em meio ao vazio da fumaça,
O vazio do "se" e o vazio de algures,
O espectro infindo que o viver traça
E que a mim sorri a cada apagar de luzes

A buzina aqui ressona, 
Ecoa portentosa como se o mundo inteiro fosse uma bolita insólita:
Lá hás de ouvi-la, 
Ela é o furor do teu nome cá acima. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário