Estou a tomar o trem
No primeiro vagão, onde repousam os argutos,
Repousado no banco que a mim não foi desenhado
Fito afora os cães vadios a sirelepear
Em meio à sujeira daqueles que a toda hora um destino é abandonado.
No primeiro vagão, onde repousam os argutos,
Repousado no banco que a mim não foi desenhado
Fito afora os cães vadios a sirelepear
Em meio à sujeira daqueles que a toda hora um destino é abandonado.
Fito-te em meio ao vazio da fumaça,
O vazio do "se" e o vazio de algures,
O espectro infindo que o viver traça
E que a mim sorri a cada apagar de luzes
A buzina aqui ressona,
Ecoa portentosa como se o mundo inteiro fosse uma bolita insólita:
Lá hás de ouvi-la,
Ela é o furor do teu nome cá acima.
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