Durante sete semestres de UnB sempre nutri um grande medo, daqueles medos que causam frio na espinha, que fazem o suor escorrer na parte detrás do pescoço... Mesmo me adaptando cada vez mais ao ambiente acadêmico, o medo sempre me perseguiu. Só de pensar nele minha barriga já embrulhava, minha boca secava. E sei que não estou sozinho nessa, não mesmo. Contudo, amiguinhos, hoje não consegui escapar desse monstro: fui até à UnB para somente uma aula, serelepe e vívido por ser segunda de manhã, e quando lá cheguei...
Não tinha aula.
Enquanto meu amigo Pantera tentava me convencer de que realmente não tinha aula, eu pensava, pasmo e pálido, porque isso tinha acontecido comigo. Pensava: "devia ter entendido que aquele ventinho gelado que bateu no quarto às sete da manhã era um recado pra não levantar da cama" ou ainda, "pombas, que pataquada é essa? Estou muito fulo" (com as legítimas censuras linguísticas, claro).
Essa parece ter sido a tardia vingança deste monstro que tanto escapei. Sim, houve vezes que cheguei a ir até a porta de casa e me atentei: "melhor dar aquela última olhadinha no e-mail antes de sair, não?"
É, dessa vez não deu.
Pelo menos percebi que já que eu precisava ir à agência do meu banco e já tava na UnB, tudo aquilo talvez tivesse um lado bom...
É, mas os bancos tão em greve. E só reparei nisso quando atravessei a UnB toda à pé e vi os avisos em vermelho cintilante na porta da agência.
Decidi ir pra casa, então, mas não sem antes perder o 110. Mesmo assim, não chamemos isso de azar, e sim, de "desencontros" (sim, eu já vi "O Segredo").
Nenhum comentário:
Postar um comentário