Esta noite sonhei contigo.
Cabelo marrom a voar e voar na maravilhosa ode que é a falta de propósito,
Mão afável sobre meu peito a dizer não à arritmia do meu coração,
E a força de segurar tão etéreo ímpar de dedos a me dar a certeza: contigo sou imortal.
Juntos e invencíveis, na temporalidade estranha e finita dos sonhos, nossa completude estilhaçava e esmigalhava a sentença irreversível do relógio.
Mão afável sobre meu peito a dizer não à arritmia do meu coração,
E a força de segurar tão etéreo ímpar de dedos a me dar a certeza: contigo sou imortal.
Juntos e invencíveis, na temporalidade estranha e finita dos sonhos, nossa completude estilhaçava e esmigalhava a sentença irreversível do relógio.
Esta manhã acordei sem ti, morreste ao meu abrir de olhos - uma mentira crassa, não mais: vives.
A segurança morfética dos teus braços ao meu redor se recusa a aceitar a ditadura do apagar e acender das luzes.
Na consciência, podem-me tirar tudo e todos, mas tu és impassível de destruição.
Almejo que um dia existas na vida, tal como exististe em sonho e existes em mente, sem perder um milímetro desta tua teimosia em perdurar em mim,
Já que a lembrança de teu sorriso - tão excelso - e dos teus olhos - tão deíficos - me rende ao axioma de que abençoados são os que tem o real a amar - mas que ainda não é derrota amar aquilo que, no Mundo dos Homens, nunca existiu.
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